terça-feira, 2 de agosto de 2016

O impacto da respiração oral no desenvolvimento infantil


A respiração oral ocorre quando, por alguma obstrução das vias respiratórias e/ou algum problema funcional, a criança passa a respirar pela boca. Este quadro de alta prevalência na infância pode impactar negativamente a qualidade de vida das crianças.

Em grande parte dos casos a respiração oral está relacionada a quadros de rinite, sinusite, hipertrofia de amígdalas e adenoides, sendo o tratamento medicamentoso e cirúrgico eficaz para eliminar estes fatores obstrutivos. Entretanto, este quadro pode persistir devido a uma dificuldade funcional, que ocorre devido à habituação da criança ao padrão inadequado. Nestes casos a terapia fonoaudiológica é indispensável para o restabelecimento da respiração nasal.

Um estudo realizado na (UNIFESP), publicado em 2009, aponta que crianças que respiradoras orais, por causas obstrutivas, estão sujeitas à flutuação de audição.  Essa flutuação pode resultar nas desordens do Processamento Auditivo Central, que por sua vez, poderá comprometer a atenção e concentração, impactando negativamente o aproveitamento escolar.

Aspectos comportamentais como irritação, desatenção e sonolência durante o dia também são frequentes neste grupo.

Além disso, o padrão respiratório inadequado afeta o desenvolvimento dos músculos e ossos da face, como do nariz, maxila e mandíbula, desorganizando as funções exercidas pelos lábios, bochechas e língua e ocasionando problemas ortodônticos.

As alterações musculares ocasionadas pela respiração oral poderá afetar também a produção da fala em diferentes proporções, principalmente quando associada a questões auditivas.

Desta forma, os pais devem observar se seus filhos ficam resfriados frequentemente, permanecem muito tempo com os lábios entreabertos, se durante o sono apresentam ronco e baba, obstrução nasal frequente, sono agitado, dormem com a boca aberta, ficam cansados durante o dia. Caso observem alguma dessas características é importante que busquem uma avaliação profissional o quanto antes. 

Dirlene Moreira é fonoaudióloga, especialista em linguagem. Atua principalmente no atendimento a crianças com deficiência intelectual e atraso no desenvolvimento da linguagem. | Contato: 31-8229-0290


terça-feira, 5 de julho de 2016

Autismo: Compreender para Intervir

O Transtorno do Espectro do Autismo, é um distúrbio complexo, caracterizado por prejuízos nas áreas da comunicação, comportamento e interação social.

Ao buscar compreender o que leva a pessoa com autismo a apresentar determinados comportamentos temos a oportunidade de contribuir para novas possibilidades de intervenção e aprendizagem, frequentemente mais eficazes.

A preocupação constante em extinguir e/ou modelar comportamentos inadequados, muitas vezes ignorando as diferenças de percepção e as características cognitivas da pessoa com autismo, pode reduzir as chances de interações eficazes e aprendizados importantes.  

Desta forma, é importante tentar entender como a pessoa pensa, sente e percebe o mundo ao seu redor.

O longa metragem Temple Grandin, baseado na história real da autora do livro “O cérebro Autista”, nos auxilia nessa compreensão, assim como o seu livro.

Ao longo do filme e durante o livro podemos entender as dificuldades em processar adequadamente as informações sensoriais, a resistência a mudanças, os interesses particulares, a importância de informações visuais para a organização e aprendizagem, a dificuldade de interpretar frases de duplo sentido e decifrar emoções.

Para entender um pouco melhor como é o funcionamento cerebral da pessoa com autismo compartilho com vocês o vídeo do Dr. Caio Abujadi, Psiquiatra Infantil especialista em autismo. 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Bandagem terapêutica: benefícios para a terapia fonoaudiológica



A Kinesio Taping é um recurso terapêutico inovador que vem sendo utilizado por diversos profissionais da saúde na reabilitação de disfunções motoras. 

Também conhecido como bandagem terapêutica, este recurso consiste no uso de uma fita elástica especial que irá estimular as camadas mais profundas da pele e enviar informações sensoriais contínuas ao cérebro. Desta forma, os estímulos recebidos durante a sessão serão mantidos por mais tempo, favorecendo a percepção da posição e do movimento muscular, contribuindo para uma maior eficácia execução dos movimentos e adequação postural.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Saiba como prevenir alterações auditivas na Infância



A dificuldade de ouvir adequadamente nos primeiros anos de vida muitas vezes é responsável pelo atraso no desenvolvimento da linguagem e da fala, além de comprometer a aprendizagem e o rendimento escolar.

sábado, 20 de junho de 2015

Estratégias para favorecer a aquisição da linguagem de crianças com Autismo/TEA


As dificuldades comunicativas e de linguagem estão entre as principais características do autismo. O uso restrito de funções comunicativas, a tendência a brincadeiras repetitivas, a dificuldade de atenção conjunta e o pouco interesse em interagir com as pessoas são alguns fatores que dificultam a aquisição da linguagem.

Pensando nisso, é fundamental buscar estratégias que visem ampliar a funcionalidade da comunicação, aumentar a freqüência dos comportamentos comunicativos intencionais e ampliar os meios e recursos pelos quais a criança se comunica.