A dificuldade de ouvir adequadamente nos primeiros anos de vida muitas vezes é responsável pelo atraso no desenvolvimento da linguagem e da fala, além de comprometer a aprendizagem e o rendimento escolar.
Uma causa frequente de rebaixamento auditivo na infância são as
otites médias secretoras, caracterizada pelo acúmulo de líquido na orelha média,
região que fica logo após o tímpano. Este acúmulo pode ocasionar variações na capacidade de ouvir,
prejudicando a percepção auditiva.
Muitas vezes esse problema passa despercebido pelos pais, pois as crianças não
sentem dor e não são capazes de relatar a sensação de ouvido tampado e a
dificuldade de ouvir adequadamente. Entretanto alguns sinais podem ser observados.
Em crianças maiores
pode-se observar dificuldades de atenção à fala, distração, falar muito alto, assistir
à tevê com volume muito alto, trocas na fala, necessidade de ouvir novamente o
que foi dito (hã? O que?). Já nos bebês e crianças menores os sinais são mais
sutis, como ficar muito quietinho, demonstrar pouca atenção aos sons do
ambiente, bebês que balbuciam pouco e levam frequentemente as mãos aos ouvidos.
O uso de cotonetes e a introdução acidental de objetos pequenos na orelha (como grãos de feijão e milho) também apresentam um risco à audição.
Para prevenir essas alterações algumas orientações importantes são:
- Posicionar a criança
adequadamente durante a amamentação ou mamadeira, mantendo uma postura mais
ereta, isso evita que o leite penetre na tuba auditiva;
- Evitar expor a criança a ambientes com mofo, poeira e outros fatores
que possam causar alergias;
- Ficar atento aos sinais como dores de ouvido, coceiras, secreções na
orelha, falta de atenção, e outros citados acima.
- Evitar o uso de cotonetes e ter cuidado com objetos que possam perfurar o tímpano e com objetos pequenos que podem ser colocados na orelha
(inclusive grãos como feijão e milho);
Com a identificação precoce e o tratamento adequado é possível reverter estas alterações e minimizar o seu impacto no desenvolvimento infantil. Por isso é importante estar atento a estes sinais e sempre que necessário buscar uma avaliação.
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*Texto publicado originalmente em junho de 2014 e reescrito em janeiro de 2016.